Com seis jogadores na sub-17 e três na sub-20, base do Inter colhe frutos

01-03-2011 15:21

 

Técnico Emerson Ávila destaca diferencial do Colorado na captação de 
jovens atletas. Trajetória de Alexandre Pato é o espelho das promessas.

Na última década, o Internacional mostrou mais do que ganhar títulos saber cuidar da casa. Das categorias inferiores surgiram nomes como Fábio Rochemback, Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sobis, Alexandre Pato, Luiz Adriano, Taison, Sandro... Todos renderam dinheiro ao Colorado. De diferentes gerações, os jogadores certamente não foram obra do acaso. O clube dá valor ao que tem e colhe frutos com a exposição nas Seleções de base.

Foram três na sub-20 que conquistou o Sul-Americano no início do mês, no Perú - os zagueiros Romário e Juan e o meia Óscar. Na sub-17, que se prepara na Granja Comary para a mesma competição, na Colômbia, há o dobro de colorados: os laterais Geferson e Claudio e os meio-campistas Alex, Andrigo, Rodrigo e Marlon Bica. O número poderia ainda ser maior caso outro meia, Fernando Amorim, não fosse afastado do grupo por problemas contratuais. O jogador, que veio do Vasco, optou por não assinar com o clube antes da competição.

Seleção Sub 17 (Foto: Divulgação / Marcelo de Jesus)Andrigo, Alex, Marlon Bica, Rodrigo, Geferson e Claudio representam Inter na sub-17.

– Chegamos em média aos dez anos no clube, outros são contratados mais velhos.A gente trabalha muito forte durante o ano, chega nas competições para ganhar e acaba se destacando. A Seleção é consequência disso – disse o lateral Claudio Winck, que por acaso já defendeu o maior rival Grêmio.

Conhecido por tirar atletas de outros grandes clubes quando ainda jovens, o Internacional tem o exemplo recente de Óscar, que atuou no sub-20 meio ano depois de se desligar do São Paulo. No atual grupo sub-17, Geferson, ex-Vitória, e Alex, ex-Coritiba são os modelos de uma filosofia até elogiada pelo técnico Emerson Ávila.

– Acho que o grande diferencial do Internacional no trabalho de base é de captação, é o principal que tem que se fazer. Achar aquela pedra bruta ainda para depois a inserir no trabalho e ir lapidando. O Tnter tem feito isso muito bem, não à toa parece que jantou quase todas as últimas competições – afirmou Emerson.

Alexandre Pato inspira os jovens

Treino da Seleção brasileira - Pato (Foto: Mowa Press)Trajetória de Alexandre Pato, hoje no Milan e na
Seleção principal, serve de espelho.

Com Andrigo, blindado desde os 11 anos, a situação é diferente. Cobiçado por Manchester United e Barcelona, o Inter apresentou um projeto que convenceu o jogador e a família a ficar até, no mínimo, completar a maioridade.

Todos querem fazer carreira no clube e até se tornarem ídolos. Alexandre Pato, que deixou o Inter antes mesmo dos 18 anos, mas conquistou títulos expressivos, é o exemplo.

– No Inter eu me espelho na trajetória e história que o Alexandre Pato teve. É um pouquinho mais velho do que nós e já está brilhando na Europa. Já tive contato com ele e uma vez já participamos de uma mesma entrevista. Foi uma grande experiência. Ele deu dica para nós e falou que o futebol não é nada fácil. Agora a gente vê isso. Comentou também sobre seleção, que era importante, e precisou trabalhar muito para chegar ali – contou Andrigo.

– Também me espelho nele, um menino que despontou muito rápido e foi direto do juvenil para o profissional – disse Claudio.

A Seleção Brasileira sub-17 se apresentou na última terça-feira, dia 22, para os treinos na Granja Comary, em Teresópolis. A viagem para o Equador está marcada para 10 de março, e a estreia será três dias depois, contra a Venezuela, na cidade de Ibarra, sede do Grupo B do Sul-Americano. Os quatro primeiros garantem vaga no Mundial da categoria, disputado entre os meses de junho e julho, no México.