Acabou o Mundial, correram soltas as férias, ocorreu a reapresentação, e nada de a situação de Alecsandro ser definida. A diretoria colorada diz que receberá com bom ânimo a eventual permanência do centroavante, mas está aberta a uma transferência de seu camisa 9. E quer dinheiro para isso. A exigência financeira do Inter faz com que o interesse de clubes brasileiros (Santos, Fluminense, Palmeiras e Corinthians são nomes citados no Beira-Rio) seja freado. E cresce a chance de Alecsandro rumar para o Oriente Médio.
Ele já atuou por lá. Antes de defender o Inter, jogou no Al-Wahda, dos Emirados Árabes. Um dos clubes interessados no jogador é o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Como se trata de um mercado rico, os valores a serem pagos para o Inter são contornáveis. Mas também é preciso valorizar o jogador. Alecsandro não quer barca furada: ou vai para um clube brasileiro com o tamanho do Inter, ou encara uma transferência financeiramente vantajosa, ou segue no Beira-Rio, mesmo que na reserva.
O Inter fala abertamente em negociar Alecsandro desde o Mundial – e já falava internamente sobre o assunto mesmo antes de ir a Abu Dhabi. Não é por acaso que o clube busca um centroavante de renome – ainda sonha com Luis Fabiano, mas deve fechar com o argentino Cavenaghi. O clube diz que analisará as propostas que chegarem.
- Do ponto de vista objetivo, ele é um jogador com um aproveitamento acima da média no futebol brasileiro. Há uma questão a ser considerada por parte dos torcedores, que têm certo desconforto em relação a ele. Mas ele é um jogador qualificado a ponto de estarem sendo encaminhadas algumas propostas. Não houve nenhuma oficialmente. Na medida em que cheguem, temos que analisar a reposição e a vontade do jogador. Temos muita consideração por ele – disse o vice-presidente de futebol do Inter, Roberto Siegmann.
Oldegard Filho, empresário de Alecsandro, viajou a Porto Alegre para conversar com o jogador e com a diretoria do Inter. Segundo ele, a tendência é de que o atleta permaneça no Beira-Rio.