Um ídolo discreto

18-01-2011 13:35

 

Visto como líder por Adilson, Elano não se incomoda em ser coadjuvante.

Ídolo estreia contra o Mirassol, nesta quarta-feira, e diz que chega para correr por Neymar e Ganso. Como fez para Robinho e Diego, em 2002.

Elano no treino do Santos
Elano não se importa de 'carregar piano' para novos meninos.
 
O principal reforço santista para a temporada 2011 estreia nesta quarta-feira, às 19h30m (horário de Brasília), contra o Mirassol, pela segunda rodada do Paulistão. É uma reestreia, na verdade. Elano, ídolo santista, um dos principais representantes da geração que tirou o clube do ostracismo, com o título brasileiro de 2002, está de volta após cinco anos.

Aos 29 anos, Elano volta ao clube que o tornou conhecido com status de líder. É o jogador escolhido pelo Adilson Batista para ser o orientador da garotada. É uma situação nova para o jogador, que há dez anos chegava à Vila Belmiro, vindo do Guarani, com apenas 19 anos.

- Eu me sinto muito orgulhoso de mim mesmo por ter conquistado tantas coisas boas na minha carreira. Hoje, posso retornar ao clube que me revelou para colaborar com essa garotada nova. Não deixa de ser uma experiência nova para mim.

Elano reconhece o brilho de gente como Neymar, que está vivendo uma fase impressionante (marcou os quatro gols da vitória brasileira sobre o Paraguai, na madrugada desta terça-feira, pelo Campeonato Sul-Americano sub-20), e Paulo Henrique Ganso, camisa 10 da Seleção. Em 2002, o meia era coadjuvante. Batalhava em campo para Diego e Robinho brilharem. Agora, mesmo sendo considerado uma estrela santista, não se incomoda em ser ofuscado pela nova dupla.

- Nunca me importei em ser coadjuvante. Quero mais é que o Neymar continue fazendo cinco, dez, 100 jogos por ano. Estou aqui para colaborar com o time.

Mudou tudo

Ao retornar à Vila Belmiro, Elano compara a situação do clube hoje com àquela que ele encontrou em 2001, quando foi contratado pela primeira vez. O Santos vivia um jejum de títulos. Os protestos da torcida eram corriqueiros.

- Quando eu cheguei, as faixas estavam de cabeça para baixo, a torcida invadia o CT e atirava rojão no nosso pé. Hoje em dia, está tudo diferente. Aquela nossa geração recolocou o Santos no caminho dos títulos. Para mim, é motivo de muito orgulho fazer parte dessa recuperação.