Um novo Inter: esquema tático para 2011 é o 4-4-2

02-02-2011 10:57

 

Técnico Celso Roth desenha o meio-campo em losango e fixa mais um atacante no time depois do insucesso no Mundial.

DAlessandro no treino do InternacionalCom auxílio de Tinga e Guiñazu, Roth espera ainda
mais de D'Ale.

Muda o goleiro, muda o centroavante, mudam, por causa de lesões, também a zaga e o setor de frente. Mas o que muda mesmo no Inter para 2011 é o esquema tático. Pelo que vem indicando o técnico Celso Roth, estão encerrados os tempos do 4-5-1 (ou, desmembrado, 4-2-3-1), usado sem sucesso no Mundial de Clubes. Na nova temporada, a estratégia é outra: o Colorado será desenhado no 4-4-2, com um losango no meio.

Wilson Matias, até a chegada de Bolatti, é o primeiro volante, em um dos vértices. À frente dele, pendendo mais para os lados, ficarão Guiñazu e Tinga, responsáveis por carregar o time da defesa ao ataque, iniciado com o outro vértice do losango, o meia D’Alessandro. E agora são dois atacantes: por enquanto, Alex e Leandro Damião; mais adiante, talvez Rafael Sobis e Cavenaghi.

No ano passado, Roth preferiu montar uma linha de três articuladores: Tinga de um lado, D’Alessandro centralizado, Rafael Sobis de outro lado. Segundo o treinador, era o esquema ideal tanto para enfrentar o Mazembe quanto para um eventual duelo com o Inter de Milão, equipes que, na visão de Roth, exploram as laterais. No 4-5-1, a presença dos meias poderia inibir a arma dos rivais.

Mas o resultado no Mundial não foi o esperado, e Roth resolveu mudar. Agora, Guiñazu e Tinga irão de frente para o ataque, gerando no técnico a esperança de um D’Alessandro ainda melhor.

- Eles têm qualidade e velocidade para essa função. Isso dá uma base muito boa para o D’Alessandro, porque eles vêm de trás e têm qualidade – disse o treinador.

Depois da saída de Taison, Roth tentou repetir o esquema de sucesso da Libertadores com Rafael Sobis. Mas a resposta não foi a esperada. Isso também teve influência na troca.

- Trabalhamos muito com o Rafael, que tentou, que tem qualidade, mas ele teve circunstâncias de lesão e não conseguiu chegar no equilíbrio que ele próprio queria. A partir do momento em que reiniciamos o ano, estamos aproveitando os volantes, sendo que dois deles são muito mais meias. Dizer que Tinga e Guiñazu são volantes é brincar. Eles participam da marcação, mas têm qualidade para sair – comentou Roth.

No ataque, Alex está liberado para acompanhar Damião. Nos treinamentos, o atacante buscado pelo Inter no Fluminense até retornou para ajudar na marcação, mas não é exatamente o que Roth quer. Depois de tanto pedir o recuo de Sobis em 2010, o treinador agora quer liberdade para atacar a seus jogadores de frente.