Vitória e gol após viver dilema na carreira

19-01-2011 17:33

 

Desde 2009, zagueiro convive com lesões no joelho, dores e o medo de não se recuperar. Agora, espera sequência no retorno ao Atlético-GO.

Na reapresentação do Atlético-GO, nesta terça-feira, o zagueiro Paulo Henrique foi um dos últimos a deixar a academia de musculação. A demora tem uma explicação: o jogador terá de fazer, sempre, trabalho de reforço muscular para não abreviar a carreira, que esteve ameaçada nas temporadas de 2009 e parte de 2010.

Durante meses, Paulo Henrique, de 27 anos, lutou contra incerteza da recuperação. Foram tempos difíceis de retomada de movimentos do joelho direito, após cirurgias, seguidas de dores e infecção e cuja cura parecia distante.

Por isso, após marcar de cabeça um gol na virada de 3 a 2 do Atlético sobre o Santa Helena, segunda-feira, Paulo Henrique festejou muito o gol. O último jogo dele havia sido durante o segundo tempo, em 23 de outubro de 2010, no 1 a 0 do Atlético sobre o Guarani, em Campinas (SP). Ou seja, só atuou uma vez ano passado. Antes, havia jogado pelo Santos, em 12 de julho de 2009, contra o Vitória. Paulo Henrique se viu distante do futebol.

Por isso, ao ser relacionado para se concentrar para o jogo diante do Santa Helena, Paulo Henrique disse que teve insônia, sentiu frio antes da partida como se fosse um juvenil às vésperas da estreia.

- Estava ansioso - lembrou.

O começo do drama do jogador começou em março de 2009, na primeira cirurgia do joelho direito. Depois, na volta, houve necessidade de mais outra intervenção cirúrgica e, para interromper a carreira, a terceira cirurgia foi feita em janeiro de 2010. Foi quando teve inflamação e contraiu uma bactéria.

- Tinha problema de cartilagem, não conseguia fazer nenhum tipo de trabalho. Quando colocava meu pé no chão, doía muito - relatou.

Segundo ele, na última cirurgia o médico disse que era difícil a recuperação.

- Saí chorando do consultório - revelou.

Fisioterapia

De volta a Goiânia, no fim de maio de 2010, Paulo Henrique iniciou trabalho de fisioterapia com Robson Porto, agora no Atlético. As sessões foram feitas numa clínica de Robson, antes de ele ser contratado pelo clube.

- Começava às 8 horas, tinha a pausa do almoço e só deixava o local à noite. Almoçava por lá mesmo.

O trabalho intensivo durou cerca de dois meses, até Paulo Henrique poder voltar aos treinos. Para ele, a confiança depositada pelo fisioterapeuta e o clube foram essenciais, assim como o apoio da família.

Religioso, o zagueiro gosta de lembrar de uma citação do Eclesiastes.

- Melhor é o fim das coisas do que o princípio deles; melhor é o paciente de espírito do que o altivo de espírito.

Como "fim", a meta de Paulo Henrique é, no Atlético, conquistar o primeiro título dele, pois vem de uma sucessão de vices: na Rio-verdense (2005), Atlético (2006), Goiás (2007 e 08) e Santos (2009).

Rubro-Negro tem dois jogos alterados

A Federação Goiana de Futebol (FGF) alterou ontem uma data e horários de dois jogos do Atlético na sequência do Campeonato Goiano. A principal novidade é quanto ao dia e horário do clássico contra o Goiás, na quinta rodada - antes marcado para 30 de janeiro (domingo), o clássico foi antecipado para ser disputado dia 29 de janeiro (sábado), às 19h30m, no Estádio Serra Dourada.

Outra mudança é no horário do jogo diante do Trindade, dia 26 de janeiro. O jogo passa das 20h30m para 22h, em Trindade. As alterações se deram em função da programação da TV.

Após vencer o Santa Helena por 3 a 2, o Atlético está se preparando para jogar no Estádio Annibal Batista, em Aparecida de Goiânia, nesta quinta, às 20h30m, contra a Aparecidense. O goleiro Márcio e o volante Pituca estão à disposição do técnico interino Alfredo Montesso. O zagueiro Anderson, contratado no início da temporada, pode aparecer no time.

Após se afastar para tratamento, nesta terça à noite o técnico René Simões seria submetido a uma cirurgia na Clínica São Vicente, no Rio.